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Guilherme Briggs quebra o silêncio sobre troca de vozes em My Hero Academia.

Em redes sociais o dublador explica todo o processo que levou à mudança dos dubladores no anime.


Depois que noticiamos aqui que o anime My Hero Academia será lançado com uma dublagem contendo vozes diferentes do longa-metragem, a notícia se espalhou através das redes sociais e muitos cobraram principalmente do dublador Guilherme Briggs um posicionamento acerca do ocorrido.

Apesar de morar no Rio e a dublagem do anime ocorrer em São Paulo, Briggs já tinha declarado em entrevista concedida a nós em janeiro, que faria a voz do All Might na série animada, se convidado, mesmo se a passagem e estadia tivessem que sair do seu bolso, tamanha a identificação com o personagem.

Ontem o dublador quebrou o silêncio em suas redes sociais sobre a mudança de vozes. Através de uma nota, ele relata que os testes de som realizados com episódios de My Hero Academia não geraram obrigatoriedade de contratar aqueles que participaram dele (diferente de testes de vozes), então lamenta que os dubladores não tenham sido mantidos já que o elenco foi amplamente divulgado na internet: “O longa foi dublado na segunda quinzena do mês de Maio de 2019, e seu elenco amplamente divulgado até a data de seu lançamento no dia 08 de Agosto de 2019. Sendo que, antes mesmo disso, no dia 6 de Fevereiro de 2019, a Sato Company havia anunciado que o filme seria lançado com cópias dubladas no cinema.”, escreve Briggs.

Ele afirma que alguns dubladores chegaram a desistir de suas escalações por respeito aos colegas que ficaram de fora: “Houve pelo menos outros dois casos de dubladores escalados para dublar personagens na série que também abdicaram dos personagens em respeito aos colegas que dublaram os personagens no longa-metragem.


Ele ainda confirma que recebeu no dia 11 de Janeiro (uma semana após o começo da dublagem do anime), o primeiro de uma pequena série de e-mails do fundador da Dubrasil, onde, segundo Briggs, ele comenta todo o ocorrido e tenta não apenas jogar a responsabilidade para o dublador, como também colocá-lo em uma situação delicada pedindo que Guilherme sugira uma “solução” para a questão, sugerindo inclusive parar as gravações para que o dublador retomasse o All Might. “Achei extremamente desrespeitoso para com meus colegas e inclusive para com o colega que já estava dublando o All Might na série”. Na sequência, ele descreve várias contradições nos e-mails recebidos posteriormente pelo dono da Dubrasil.

A nota esclarece também que manter o elenco em nada mudaria os gastos com a dublagem. “…somos remunerados seguindo regras pré-estabelecidas em acordo/convenção coletiva de trabalho. Ou seja, o custo do projeto em si não se alteraria apenas por se respeitar o elenco do filme. E mesmo em caso de prazos apertados, o mínimo esperado de um estúdio com conduta ética seria tentar contato com os dubladores do filme, o que não aconteceu com a quase totalidade do elenco.

Briggs finaliza dizendo que resolveu se pronunciar não exclusivamente pelo caso de My Hero Academia, mas por enxergar um desrespeito de um estúdio para com toda uma categoria profissional e também para com o público. “Ao analisar todo esse contexto eu não pude me manter calado, pois ‘passar pano’, ficar quieto, tendo em vista tudo que tem acontecido e todos os fatos que tenho em mãos de maneira comprovada, seria compactuar e assinar e embaixo com a atitude antiética e desrespeitosa do referido estúdio, além do fato de abrir um perigoso precedente de impunidade para toda uma categoria.”, termina o dublador.

Leia a nota completa aqui

Redação
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Equipe do DB.

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